Associação Brasileira de Batata In Natura

Além da batata inglesa: as variedades que chegam à sua mesa

Diferentes tipos de batata

Visitar a sessão de hortifruti do supermercado costuma ser uma experiência simples para quem come batata. Na maioria das vezes, o consumidor está em busca da batata amarela, e ele acaba a encontrando com um desses três nomes: batata inglesa, Monalisa ou, em rótulo ainda mais genérico, apenas batata. Num cesto à parte, está a batata de casca vermelha, identificada como Asterix. O que quase nunca se conta ali é que todas essas batatas pertencem à mesma espécie, Solanum tuberosum, embora sejam cultivares diferentes em cor, formato e teor de amido. A exceção acaba sendo a batata-doce, Ipomoea batatas, que é de outra família botânica e fica fora desse jogo.

Os vários nomes da batata

O nome batata inglesa surgiu no fim do século XIX, quando trabalhadores britânicos que construíam ferrovias no Brasil tinham a batata como alimento de base. O tubérculo acabou batizado de “comida dos ingleses”, e o nome pegou para qualquer batata de casca amarela vendida a granel. Já nos anos 90, a cultivar Monalisa, criada na Holanda, dominou as lavouras nacionais pelo seu grande valor comercial. De casca lisa, formato regular e alta aceitação do varejo, tornou-se sinônimo de batata amarela. Embora hoje seja pouco plantada, o nome permanece na banca como rótulo genérico para várias batatas de cor semelhante. Hoje, a Monalisa nem é mais plantada, mas o nome permanece.

Quem são, afinal, as amarelinhas do mercado

A maioria das batatas “inglesas” que você leva para casa pertence a três cultivares europeias. Elas são a Ágata, a Orchestra e a Cupido. São todas muito parecidas e de características semelhantes, até por isso, ao serem colocadas como uma coisa só no supermercado, acaba passando batido. São variedades de polpa mais úmida e que contam com menos amido que o habitual, o que as tornam ideais para serem consumidas cozidas, assadas ou como purê. A Ágata é o grande destaque nas principais regiões produtoras: seu rendimento, superior a 500 kg por dia de ciclo vegetativo, fez disparar a produtividade média da bataticultura brasileira. Fácil de reconhecer pela casca vermelha, a Asterix é a única que acaba sendo colocada a parte. Ela tem muita matéria seca e pouca água, características que a tornam perfeita para a fritura, além de ideal para o preparo de nhoque. A cor vibrante dispensa distinções complicadas,

Por que as variedades mudam

O rodízio de cultivares é ditado por produtividade, resistência a pragas, demanda industrial e preferência do consumidor. Quando surge uma batata que produz mais por hectare ou suporta melhor um vírus como o PVY, o agricultor troca de material genético. Se o público passa a pedir fritura crocante, cultivares com mais amido ganham terreno. O rótulo simples permanece, mas o que chega à caixa muda conforme a tecnologia e a moda gastronômica.

Acerte na escolha

Mas no fim das contas não tem muito segredo. Se a ideia é fritar ou preparar nhoque, procure a vermelha Asterix, que tem alto amido, pouca água e crocância garantida. Para cozidos, assados, saladas, sopas e purês, leve as batatas amarelas de polpa úmida e textura suave, que quase sempre é Ágata, Orchestra ou Cupido. Saber que o nome na plaquinha esconde cultivares distintos ajuda a acertar a receita e a valorizar o trabalho de quem cultiva a batata brasileira.

Tudo sobre o mundo da batata

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